A tampa e o tacho em busca da sua caçarola

Já faz 18 meses que andamos a tentar conceber a nossa caçarola.
Sim, têm sido meses de luta. Muitos choros, muitas angústias, dias duros. 
Há muitos anos, mais de dez, que os médicos me alertaram para a dificuldade que teria em ser mãe. Uma doença autoimune não daria tréguas com facilidade, teria que ser tudo com muita cautela. Era jovem, não pensava nisto. Até porque eu achava que lá para os 25 já estava casada (como conheço o meu marido desde que nasci - prometo contar esta história num destes dias - esta parte já estava garantida) e tinha nos planos ser mãe de filhos logo de seguida. Mais uma vez, saiu-me o tiro pela culatra...
Fiz um grande 31 quando me casei com o R. e dentro em breve vou meter-me num grande 33. Os anos passaram num ápice... Desde então que procuramos a possibilidade de sermos pais, um sonho que temos há muito tempo.
Entre idas a médicos (não só ginecologistas, como medicina interna, homeopatas, tratamentos de acunpuntura e afins) e um gasto louco de dinheiro em medicação (as minhas poupanças esturricaram nas farmácias convencionais e alternativas),nunca conseguimos obter qualquer resultado. 
Já fizemos exames: aparentemente está tudo normal com ambos, à exceção, claro, da doença autoimune que está aparentemente “adormecida”. 
Agora parei tudo. Não tomo um único comprimido. Não nego que penso nisto todos os dias. A minha consciência diz “tenta esquecer e foca-te noutras coisas” mas o coração teme, dia após dia, que a infertilidade visite a nossa família e que nos impossibilite de partilhar todo este amor que guardamos nos nossos corações.
Agora é um dia de cada vez. Choro sozinha todos os dias. Sinto-me sozinha.
Esperar e não desesperar, é no que me tento focar...
Até já! :)


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